O vereador Alexandre Frota (PDT-SP), eleito em 2024 com 2.893 votos, vê seu mandato balançar após um pedido de cassação protocolado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP). A entidade acusa Frota de “quebra de decoro” e “abuso de poder” por supostas invasões a unidades de saúde, incluindo UPAs e hospital infantil de Cotia.
Segundo o CREMESP, nas inspeções, realizadas há 20 dias, o vereador adentrou áreas restritas (salas amarela e vermelha), supostamente intimidou profissionais, fez gravações durante atendimentos – incluindo menores – e expôs médicos em redes sociais. Há ainda indicação de vigilância armada e violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Em nota, o CREMESP esclareceu que oficiou não só a Câmara de Cotia, mas também o Ministério Público, iniciando processo administrativo com o objetivo de cassar o mandato do parlamentar. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara local avaliará se instala formalmente o processo, com prazo de 30 dias para defesa de Frota
Frota, por sua vez, reagiu com veemência às acusações, classificando a ação como “aberração jurídica” e “tentativa de me calar”, defendendo que sua atuação era uma rotina pública de fiscalização, denunciando médicos dormindo em plantão e falta de insumos. “Trabalhar para o povo virou crime”, acusou o vereador, acrescentando que continuará atuando em defesa da comunidade, com projetos sociais e doação de cestas básicas, mesmo se perder o mandato
Nas redes, ele se defende mostrando vídeos das fiscalizações e ironiza o grupo político local: “Querem me calar porque trabalho demais!”. Por outro lado, há apoio popular significativo – um portal local afirma que “a população é contra a cassação”, considerando-se legítima a fiscalização do vereador.
O que vem a seguir:
- A Comissão de Constituição e Justiça decidirá se acolhe ou não a denúncia;
- Se aprovada, Frota terá prazo de 30 dias para defesa formal;
- Em caso de cassação, seu suplente assumirá a vaga na Câmara.
A situação segue sob grande atenção pública, gerando debate entre controle parlamentar e excessos no uso do poder. Acompanhe em nosso site o desenrolar desse processo.