A relação entre mulheres e empreendedorismo vem tido cada vez mais relevância no âmbito empresarial, a essência feminina em si carrega atributos que modificam a forma de liderar, nessa cadeia evolutiva todos sentem este positivo impacto, seja nos negócios, nas pessoas e principalmente no futuro. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, realizada em parceria com o Sebrae, 55,5% das novas empresas criadas nesse período foram abertas por mulheres – um aumento expressivo na taxa de empresas nascentes.
É … mas nem sempre foi assim, por décadas mulheres nasciam com pré-determinação, não se havia muitas escolhas além do que era imposto pela cultura social e o patriarcado, historicamente, temos provas disso como o direito há voto que foi conquistado a menos de 90 anos no Brasil.
Empreender não seria diferente, é claro que encontraríamos desafios, mas certamente com nossa natureza resiliente, os superaríamos.
Pensando em mulheres e em sua potência surge um novo modelo de negócio que vem revolucionando e impactando mulheres dentro das favelas, além de gerar oportunidade de empreendedorismo feminino e conquista da tão sonhada liberdade financeira. O projeto AS MARAS, criado pela rede de ONG’S Gerando Falcões e liderado em nossa região pelo Instituto Chic é Ser Solidário traz essa proposta.
A ideia é bem simples: peças novas e seminovas partirão do bazar da Gerando Falcões que irá organizar sacolas com produtos diversos, e distribuindo às Maras para serem comercializadas em sua vizinhança, empresas parceiras e estabelecimentos, de modo semelhante ao que fazem grandes companhias de venda direta, como Boticário, Natura, Tupperware entre outras.
O objetivo do negócio, no entanto, não é apenas o lucro, é retirar essas mulheres da vulnerabilidade social de forma permanente, sem depender de filantropia e, ainda, em sua simples complexidade, o projeto se apodera do conceito de microcrédito, notabilizado pelo economista e banqueiro bengali Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, para financiar a distribuição das sacolas Às Maras.
O negócio abarca outro conceito econômico badalado, o da economia circular. Grandes varejistas de moda, por sinal, já adotam a ideia da sacola para viabilizar projetos de economia circular. Casos da Renner, dona do brechó online Repassa; da Arezzo, que tem a Troc; e da C&A, que opera o Movimento ReCiclo. A dificuldade desses projetos é ganhar escala, já que, nas classes mais abastadas, é preciso criar a cultura da compra e venda de produtos usados, emparceirados com a ONG local o acesso a essas mulheres se torna facilitado e de fácil escala.
Na prática, nem a vendedora, nem o fornecedor do produto, precisarão desembolsar um centavo para entrar no negócio. A expectativa é chegar a 25 mil Maras até o final de 2024, e meio milhão num prazo de até cinco anos.
Como disse caro leitor, revolucionário e incrível não é mesmo?
Revolução nas favelas, na economia e na vida de milhares de mulheres.
E se você deseja conhecer mais sobre o programa ou deseja se tornar uma Mara, entre em contato com o Chic é Ser Solidário localizado em Carapicuíba, há se muitas formas de colaborar.
Chic mesmo? É Ser Mara!