Quando o assunto é filhos entramos numa esfera de puro amor (as mães e pais que me contem mais). O sentimento inexplicável que toma conta do coração dos pais com a chegada da criança só tem uma ÚNICA explicação: Deus. Tudo que não se explica é Deus. Então, o amor de um pai por um filho, excede toda linha de entendimento.
E por quê isso? Simplesmente porque o dom da vida é sacrificar a sua vida para que outra vida planejada por Deus venha a este mundo. O dono da vida e da morte é Ele. Não há discussão a respeito disso. Quando um casal decide ter um filho ou não, mas mesmo assim engravida, é um dos momentos mais sublimes da criação: dar luz a outra vida.
Esta é a minha visão sobre esse amor inexplicável que os pais sentem ao ter filhos.
Mas, o questionamento que me faço é: quando nasce um filho, nasce uma outra vida.
E essa vida ESTÁ com os pais, não É dos pais…
Com filhos temos usufruto, responsabilidades e deveres. O papel de um pai e de uma mãe é sobretudo cuidar, alimentar, servir e formar o caráter de um novo indivíduo, preparando-o para a vida adulta, e assim cumprir um dos mandamentos de Deus: Genesis 9:7 “ Mas vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela.
Mas o que vimos com recorrência nas famílias são casais colocando os filhos com a prioridade máxima em suas rotinas, em suas posições sentimentais e esquecendo-se uns dos outros porque agora o filho chegou.
E não há nada de novo que uma criança quando nasce até os primeiros anos de vida, vai precisar da sua atenção enquanto pai e mãe, muito mais tempo do que o marido ou a esposa.
Mas de fato, o filho ou os filhos não podem estar ocupando o lugar de prioridade que o relacionamento deve ocupar na vida de um casal. O relacionamento (casamento) é a única escolha de um ser humano no que se trata de pessoas. O cônjuge foi a pessoa escolhida para compartilhar a vida, construir a vida juntos e o(s) filho(s) só existem porque aquelas duas pessoas decidiram se relacionar e ter filhos.
Sem o relacionamento não existiriam filhos (aos que são pais e mães solteiros aplica-se a mesma regra, chegará um relacionamento onde a escolha da pessoa de viver ao seu lado será uma prioridade). E o que Deus nos deixa em Efésios 6, um capítulo inteiro sobre como deve ser o casamento e matrimônio perante a Deus, outra leitura sobre casamento é 1 Coríntios 7, outro capítulo de como o homem e a mulher devem conduzir a sua união perante Deus.
Sobre filhos em todas as passagens bíblicas temos um único mandamento: Instrução. A Palavra de Deus é muito clara sobre o quanto os pais precisam instruir os seus filhos nos caminhos do Senhor.
Em nenhum momento Deus revelou que a chegada dos filhos teria que mudar o comportamento do casal e se distanciar, não ter mais prioridades, não servir mais um ao outro, deixar seus compromissos matrimoniais porque o filho chegou.
Se não há instrução de Deus a respeito, é porque devemos seguir o que Ele deixou.
Não priorizar o relacionamento, não ter um dia do casal, justificar as faltas e as falhas em função das necessidades do filho é um grande erro que pode levar o casamento ao fim.
O filho vai tomar independência e vai seguir sua jornada de formar uma nova família, e quem ficará juntos até o fim é o casal.
E o pior que ouvimos é quando o filho torna-se o sentido da vida dos pais. Isso é uma forma de idolatria. É como se colocássemos a criança numa posição acima de Deus.
E essa posição é pesada também para a criança que vive na inconsciência de ter que corresponder ao amor e as expectativas do pai.
E essa dinâmica toda resume-se a um ÚNICO problema: não cumprir o maior mandamento de todos: Amar a Deus sobre todas as coisas.
Assunto denso, volto aqui para dar sequência nas próximas semanas.
Com carinho, Priscila Pereira.
Priscila Pereira é formada em Processos Gerenciais pela UNISUL com cursos que a capacitaram como uma grande mentora em Desenvolvimento humano, com certificados em PNL, perfis comportamentais e constelação sistêmica familiar. Priscila é conhecida como uma profissional de confronto, com o intuito de tirar você da sua zona de conforto.
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